quarta-feira, 17 de junho de 2009

Errare Humano Est

Leio com um certo atraso que o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou o mérito da Ação Processual que retira a exigência o Diploma para o exercício da profissão de jornalista. Tudo muito bem, se não viesse no bojo dessa decisão, uma questão social sem precedentes no País. É que centenas de estudantes que estão a cursar diversas especialidades jornalíticas, em diferentes faculdades e universidades em quase todo o território nacional poderão perder seus empregos, afora a questão de dívidas, falsas promessas de trabalho, ascenção profissional em função de cargo e carreiras ou débitos para quem contraiu dinheiro em instituições bancárias para estudar.

Avalia-se a questão aqui como algo muito sério. Alguns estudantes aderiram ao plano de financiamento Fiés. Antes de terminarem seus cursos, já terão o onus de pagar cinco anos de mensalidades de faculdade que cursaram com o salário dos seus primeiros empregos. Com diploma ou sem diploma, os graduados terão agora que competir com outros "colegas" que irão ingressar nas redações de jornais e revistas,afora emissoras de rádio e de televisão, sem qualquer curso. Para tanto, basta saber escrever, ou ser "amigo" do dono da empresa de comunicação.

A questão social se alia à questão de estresse por que estão passando esses estudantes e os já diplomados que terão agora que concorrer de igual para igual numa pseudo livre iniciativa. Melhor dizendo, ninguém foi excluído de redações de mídias por causa de diplomas.

Acontece que, essa situação ocorria simplesmete porque no Brasil, não havia escolas de nível superior que atendesse à demanda dos diversos meios de comunicação situados em todo o território nacional. Escrevia quem queria e pronto.

Para estancar esse problema, foram abertos diversos cursos de comunicação social em todo o país, com vistas a adequar os desníveis de analfabetismo na categoria, ao mesmo tempo em que, dispunha de educação a um povo que ainda se sentia feliz em apenas assinar o seu nome.

O progresso nas comunicações foi imediato. Muitos tiveram ensinamentos os quais seriam impossíveis de serem obtidos sem as faculdades que ofereciam vagas aos vestibulandos e o profissionalismo veio inevitavelmente modernizar os que ainda exerciam a profissão dignamente, mas que não eram diplomados. Trabalhavam nas redações, pardos, nisseis, brancos, libaneses, portuguese e brasileiros, sem nenhuma descriminação nem distinção de classe sem a insatisfação,como atualmente se verifica, mesmo com a eclosão de uma guerra lá longe do Brasil: no Oriente Médio e nas proximidades da Ásia.

A questão foi resolvida a duras lutas e gradativamente foi se adequando com os tempos. Não se verificou nenhuma querela de menor importância diante dessa nova situação. Ainda hoje os jornalistas antigos, por assim dizer, e os diplomados exercem a atividade profissional sem restrições.

Contudo, já agora no final do Governo Lula, vem o STF mediar e julgar a vida profissional de centena de milhares de estudantes e nao formados com a decisão do Processo pelo STF. Votou-se pela não exigência do diploma, mas, no, entanto, não se responsabilizaram pelos estudantes que estão a cursar faculdades pagas, principamente, ou que aderiram ao plano do FIÉS.

Já se disse que "decisão de juiz, não se discute, mas se acata". Então, compete aos próprios nobres membros do STF reavaliar essa decisão, visto que, não se julga apenas no o escopo da Lei, mas com a sensibilidade dos magistrados e dos réus, diante dessa questão social, psicológica e econômica, que poderá abalar seriamente a Economia e a vida de estudantes e não diplomados e até mesmo escolas de comunicação, em todo o País.

Uma outra questão é a de que o Jornalismo é sem dúvida chamado de o "Quarto Poder". Não adianta fugir desse ditado popular. Isso, no entanto, não impede que cada jornalista tenha o seu editor e o seu julgamento de consciência ao escrever sobre temas que venham a "incomodar" um poder qualquer, ou alguma autoridade,seja ela política ou empresarial.

Vejam que essa decisão chega numa hora em que os computadores estão cada dia mais modernos. Então ficará cada vez mais fácil para qualquer semi-anafalbeto redigir um texto,um artigo, concluir uma reportagem, usando para tanto,o Editor de Texto do Word, ou qualquer Sistema Operacional, em uso e a gosto próprio do usuário, ou do meio de comunicação ao qual está vinculado.

Ninguém poderia avaliar, portanto que, a modernidade inventada e desenvolvida em todos os seus parâmetros, faria, como bem diz um dos versos cantados pelo roqueiro, Elton John, "...To make kings in vagabunds...". E aí esta a resultante, ninguém perde por esperar e pelo direito da livre expressão tendo o computador conectado em rede, online discagem direta e tudo o mais falhar. Na internet, é verdade, a liberdade é maior, porém, a vigilância é mais aberta e afeita a ataques de intrusos e todo nerd que se valha de ferramentas adequadas para "invadir" essse ou aquele sistema, e causar tumultos vários. Imagino isso ocorrendo na confecção de uma mídia geral e de grande tiragem.

Notório seria retroagir no tempo e deixar aos semi-anafalbetos em jornalismo, sem o modernismo dos computadores. Ninguém iria escrever p...nenhuma! Eu mesmo sou do tempo que apendi a escrever à mão e depois à máquina de datilografia. A pergunta me vem: e se os computadores fossem retirados dos diversos meios de comunicação e da esfera burocrática nacional?

Acredita-se assim que, muitos pensariam na idéia de frequentar um curso de comunicação social, ou um advogado, até mesmo um político, que ao redigir, em qualquer esfera da sua ascenção de carreira, em repensar sobre essa ou aquela decisão.

Quem escreve, escreve por gosta, e não por arte; ou quem escreve escreve porque estudou. Acabar com a roubalheira que vinha grassando nos diversos setores da vida nacional não foi mérito da imprensa, mas um anseio da nação que paga os seus impostos em dia e não vê resultados na saúde, na educação, nem muito menos nos seguimentos de urbanismo, tansporte e habitação.

Por fim, não se pode querer ser e um magistrado com mais de trinta anos de carreira, ser subjulgado por um repórter com dez anos de profissão. Mas informar e esclarecer a nação é obrigação da imprensa,nos seus divesos meios de comunicação e por qualquer jornalista diplomado e com conhecimento de causa.

A doença de muitos não pode ser estancada com um único remédio. Dêem oportunidade à ciência, a educação em todos os seus nivéis e confiem mais em Deus.

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