quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fumar não combina com educação

Estive num dos eventos citados logo adiante neste blog. Menciono aqui o "The Roof Concert Show". Foi muito divertido, alegre e familiar. De fato, ouvir canções dos Beatles em um ambiente boêmio é querer demais. Quis, fui, assisti e gostei.



Acontece que, mesmo neste ambiente, nem sempre as coisas são muito boas. Vejam vocês o que fiz para ter o meu lugarzinho ao sol. Procurei um banco de praça visível e onde todos pudessem me ver. É que "seguro morreu de velho", já diz o ditado. Depois, fui até um bar bem próximo e comprei uns refrigerantes e alguns chicletes. Assim, não mais do que depressa, voltei ao meu lugar, laboriosamente procurado e conquistado. Felicidade: estava vazio e como que esperando por mim.



Me sentei no banco público de mármore onde tinha uma bela árvore ao lado. Procurei o seu clima natural e logo "brinquei" com essa interação. Foi bom. Lá em cima do prédio, no Marco Zero do Recife, (bairro histórico do Recife), a banda tocava os sucessos dos Beatles com vivo interesse e animação invejáveis. Eu acompanhava e me divertia. solfejava algumas canções que conhecia, batia palmas ou cantava algumas mais conhecidas baixinho.



Logo, o pátio se encheu de "jovens". Foi muito bonito isso, achei. Em vão, procurei um então pejorativamente chamado de "maloqueiro". Não havia. Todos de boa família. Porém todos fumavam muito. Havia um outro aspecto: fumavam em círculos, e eu estava bem no centro daquele "bueiro" humano. Passei péssimos momentos fumando por extensão. Detesto a fumaça do cigarro. Contudo, tem ocasiões em que o indivíduo tem que ignorar, tem que se unir ao bando, ou cair fora. Como o ambiente era aberto, aguentei a fumaceira estoicamente.



O motivo de suportar tamanha mal-educação por parte desses "jovens" era o encontro meio que histórico. Verdade se diga: Os promotores do evento, deram o máximo de si para comemorar o melhor possível aquele que é considerado o último concerto ao vivo dos Beatles.



Daí então, não havia mais motivos para queixumes da minha parte. Como disse acima, aguentei! Eram baforadas que vinham dos quatro pontos cardeais. Mais: de todos os lugares mesmo! Eu me sentia como uma espécie de "super-star". É que todos, moças e rapazes, fumavam suas gembas e tinham as minhas narinas como alvo.



Achei aquilo tudo um meio barato, posto que, eram "jovens", que orgulhosos da idade e da pouca experiência de vida fumavam. Sim, fumavam como caiporas. Não respeitavam as suas próprias saúdes e muito menos a minha que, afora um casal que se encontrava junto a mim, só pensava em "curtir" os acordes das belas canções e de literalmente namorar. Olhei com discrição para ambos e sorri com a maneira que tinham achado para compartilhar daquela ocasião. O meu encanto com o casal era de dar os parabéns, pois ambos eram jovens também, tomavam refrigerantes, pois a noite estava bem reficense, abafada, e namoram nos limites do esperado, sem se interporem contra ninguém ou se estavam fazendo dos seus momentos de felicidade uma exposição coletiva. Acho mesmo que pensavam: "dane-se quem nos ver, mas vale amar do que entupir o nosso pulmão de fumaça".



Eu já não cabia em mim de alegria. Vivia uma situação de felicidade incontida. Ouvir uma banda de rock bem pernambucana e compartilhar daquele momento de coletiva profusão de jovialidade era tudo o que eu esperava. Contudo, na proporção em que o fumacê tinha um objetivo, achei que estava um pouco demais pra mim e me levantei do meu bem escolhido lugar.



Achei que tudo tem uma fronteira que delimita as vontades e os desejos. Sem dar a mínima para aqueles "jovens" e nem me despedir do casal que não parava de se abraçar e trocar carinhos públicos amáveis e afavéis, fui até o teto do bar onde se realizava o evento e aproveitei para das os meus parabéns aos promotores do show, ao mesmo tempo em que solicitei a última música. É fato que o show era para um público de idades diversificadas, portanto, tinha hora para terminar: 12 horas da noite.Ouvi a última canção , e disparei dali!



Contabilizando o final. Tudo bom se tais "jovens" não soubessem que a fumaça de seus cigarros é prejudicial aos que tragam e aos que se encontram nas vizinhanças. Isso dito e corroborado por toda a classe de pneumologistas do Brasil e do mundo. Portanto haja incidência de doenças cardio-respiratórias e dos pulmões ou durma-se com um barulho desses!

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