domingo, 1 de fevereiro de 2009

Curso de Medicina no Agreste de Pernambuco

Sempre acreditamos que a medicina é a ciência das ciências. Essa é uma afirmativa coerente e correta, posto que, a saúde é o bem maior do ser humano. Assim, de quem dela se dedica deve ser estar preparado para viver uma vida de plenitude para com o próximo ou, de doação profissional humana incomuns.

Felizmente, muitos são os médicos que se incluem neste rol. Menciona-se aqui e destacam-se, os que se encontram na busca pelos verdadeiros ideais da medicina em suas faculdade, no ensino, os formados, e os que seguem na plenitude de servir ao próximo em suas lidas diárias, em suas diferentes comunidades.

Aproveito para dissertar sobre esses médicosque vivem para trabalhar pelo bem comum e que sem medir esforços, vão além das suas capacidades ou forças interiores. Ao assim agirem, dedicam-se com disciplina e amor para aplacar os males dos seus pacientes om sapiência e ética sem precedentes.

Nunca se deixam levar por modismos de profissão e relegam os valores da competição como efemêra. Vivem dos seus consultórios ou hospitais e para os seus pacientes. Aliviar e curar as doenças e minimizar o sofrimento alheio são os seus objetivos principais.

Quem nunca se viu diante de um médico que tenham tais valores de comportamento profissional? quem ainda, ao longo da sua existência, não encontrou um médico que atuou com singeleza e zelos extremos, momento em que, muitas vezes, com um simples olhar ou um apalpar de mãos aliviam a dor e o sofrimento daqueles que dele precisam no momento, ou estão a necessitar urgentemente de um lenitivo qualquer.

Esses médicos, entretanto, estão rareando. Coisas do mundo moderno. Alguns dizem que é competição ou até mesmo a luta por melhores condições de trabalho. Nada justifica, porém, a omissão de alguns, em detrimento de muitos. A categoria clama por unidade e coerência de valores de uma profissão que não vai muito longe no tempo, atendia os doentes; o esteio e a esperança das populações urbanas, os visitantes incansáveis das comunidades, afora os tradicionais médicos da família.

Atualmente, à mercê do MEC - Ministério da Educação e Cultura -, órgão que disciplina os cursos de nível superior no Brasil, verifica-se que, em particular, em Pernambuco, ao que tudo indica, a carência desses profissionais é mensurada pelo número de escolas de nível superior que estão a surgir em quase todos os cantos e recantos do Estado, atentem, legais e de conformidade com os trâmites vigentes no País.

Outrora, a situação que se apresentava em Pernambuco era mais ou menos dessa forma, e não raro, a competição entre os candidatos era ferrenha. Era o tradicional exame de ingresso às Escolas de Medicina, aqui chamado de vestibular. Com apenas duas grandes e tradicionais, a preparação do candidato exigia esforço, dedicação, e conhecimento incomuns para galgarem as faculdades, a saber: Faculdade de Ciências Médicas (hoje, UPE) e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ambas com mais de meio séculon a arte de ensinar.

Nesse meio tempo, e através da divulgação em todos os meios de comunicação social, o MEC determinou o "fechamento e a não abertura de novos cursos na área de Saúde por tempo determinado". A explicação era condizente: muitos cursos não ofereciam condições de ensino e não raro, também não atendiam as mínimas condições de ensino e aprendizagem, afora bons professores, hospitais universitários conveniados, reconhecimento da grade escolar pelo MEC, etc., apenas para ficar com esses itens.

Mesmo assim, verifica-se que, essas duas históricas escolas não ficaram para traz nem muito menos se perderam no tempo. A primeira, expandiu seu campus para algumas cidades do interior do Estado, sem no entanto, modificarem a sua grade principal que é o Curso de Saúde. Todavia, inaugurou um importante hospital prioritariamente voltado para aas doenças do coração.

Quanto a UFPE, esta, também modernizou-se sobremaneira e inaugurou um campus avançado no município de Vitória de Santo Antão, outro em Caruaru e, finalmente, mais um em Petrolina. Nessas localidades vem melhorando os níveis de ensino local e aprimorando às populações com vistas a obtenção de diferentes graus universitários, onde nivela cursos na área de saúde, a exemplo de Nutrição, Biomédica, etc., afora o campus avançado de Petrolina com a notável implantação do já conhecido e concorrido curso médico, na quase fronteira com Juazeiro, na Bahia.

Na capital e já com cerca de quase uma década, funciona a Faculdade de FBV/IMIP, onde, sabiamente, toma as instalações da tradicional casa de saúde, IMIP (Instituto Materno Infantil) que atende ao menor pernambucano, e instala o seu já tão esperado curso médico. Funciona ainda os cursos de Enfermagem, Nutrição, o de Biomédica, dentre outros. Essa faculdade tem ao seu dispor um excelente e bem estruturado campus, hospital universitário, convênios diversos, biblioteca e a experiência de mais de 50 anos de funcionamento na cura de doenças infanto-juvenis, afora um notável hospital dedicado as curas de doenças diversas, indo até as cirugias incomuns.

A verdade disso tudo nos chega agora: é que , contra a determinação do MEC, do Conselho Regional Federal de Medicina em Pernambuco, e mais ainda, contra o sindicato dos Médicos de Pernambuco, que em Garanhus, PE, cidade situada em pleno Agreste do Estado, funciona há quase dois anos, sem o devido reconhecimento desses organismos acima citados e que com sapiência disciplinam e regulam os cursos de nível superior na área de saúde, já está em pleno funcionamento uma Faculdade de Medicina, sem a devida autorização, ora já veementemente negada por esses organismos reguladores em notas explicativas divulgadas pela imprensa em geral, editais, desses órgãos e demais instituições notadamente contrárias a essa escola.

Tal faculdade funciona à revelia, lógico. Cobra pesadas mensalidades dos seus alunos. Assim, é importante que a comunidade pernambucana tome conhecimento dessa faculdade que concorre e funciona contra todos os ditames oficiais vigentes e que feche imediatamente, sob pena de estar descumprindo determinação competente e de conformidade com as leis vigentes que regulam os cursos de nível superior. Quanto aos seus alunos, necessário reforçar que esses não terão direito a nada. Isso mesmo: nada. O diploma, se vier a ser expedido, não terá validade. Quanto ao ingresso em concursos públicos municipais, estaduais ou federais, lhes serão vedados a participação. O motivo? É proibida a participação em concursos públicos de cursos que não tenham a reconhecimento do MEC.

Quanto as mensalidades, essas simplesmente podem incorrer na não devolução por parte dos seus diretores e a participação escolar desses estudantes será uma mera, total e completa perda de tempo, se o aproveitamento dessas jovens inteligências que já deveriam estar frequentando escolas de nível superior, a exemplo das citadas.

Urge a imediata resposta das autoridades competentes para dirimir definitivamente essa questão, posto que, tais nobres diretores e estudantes poderão passar por charlatães sem o terem ainda a culpa.

Atc.,

Marco Valois

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