terça-feira, 14 de abril de 2009

EUA e Cuba iniciam negociações

Cuba inicia uma nova fusão com os EUA. Sabe-se que desde a grave Crise dos Misseis, questão que envolveu três nações: USSR, EUA e a própria Cuba que este país não consegue efetivamente o seu lugar no conjunto das demais nações.



As explicações são as mais crentes e descrentes, mas, o que aconteceu no início da década de 60 poderia terminar com tudo ali mesmo naquele cenário de ilha. O que de fato aconteceu foi a inclusão de misseis e ogivas nucleares na Ilha de Fidel Castro, agora aliado incondicional de Nikita Krushev, premier da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)).



Convém lembrar ou alertar aos jovens sempre sequiosos por um ídolo de plantão, a exemplo do barbudo Fidel Castro, ora nas Sierras Maestras e armando-se contra regimes ostensivamente livres mais pró-Estados Unidos, que, Fidel Castro, ao vencer e derrotar o presidente Fulgêncio Batista tomou o poder através de um golpe.



Nada de muito sério se tivesse o tirocínio de retomar as negociações imediatamente com os EUA, a ONU, ou com a OEA, e realizar um sufrágio universal com seu povo. Seria eleito Presidente! Entretanto, embalado por falsos idealismos de poder, resolveu "tomar conta de um país". De sério nisso tudo é que Cuba não tinha recursos financeiros para custear o seu déficit financeiro. Seu único lucro advinha do turismo ou da produção da cana-de-açúcar, senão da exportação de alguns bens e serviços. Era vencedor e pobre. Sozinho, nada tinha ganho, apenas um país que teria que arcar com o isolacionismo.



Uma vez à frente do governo e não tendo mais aliados economicamente fortes e livres que apoiassem uma revolução que viesse a reunificar o povo cubano com liberdade, Fidel Castro encontrou a sua única saída: aliar-se ao governo comunista russo de então.



A resultante disso todos sabem, inclusive os mais jovens e bem-nascidos: Cuba sofreu um embargo econômico e isolou-se do mundo. Entretanto, agora ao seu lado havia a União soviética e ela fez de todo o possível e imaginável para levar adiante os ideais do socialismo. Injetou-se muito dinheiro e o socialismo latino teve alguns momentos de prosperidade aparente.



Na verdade, também aconteceram expurgos os mais aviltantes para uma época, afora execuções de cidadãos cubanos que iam de encontro aos planos do agora ditador Fidel Castro. Os Estados Unidos criou uma lei que ainda ampara qualquer cidadão cubano que chegasse em solo norte-americano e para lá foram levas e levas de imigrantes. Uma vez na América e livres tomaram um novo ar de democracia, liberdade e expansão economica. Inicialmente, por razões étnico-culturais, os exilados fixaram-se na Flórida, onde até hoje existem prósperos cubanos-americanos e que se deram muito bem dentro do sistema capitalista.



Nada do sonho americano impedia que aqueles exilados viessem a ser considerados "out-laws". Estavam em condições para recomeçarem as suas vidas numa nação próspera e afeita a oportunidades iguais para todos. Nascia assim mais um bairro de "estrangeiros" dentro dos EUA e que veio a se chamar de "Little-Havana". Dali saíram poetas, escritores, lideranças políticas, deputados, senadores, empresários etc., todos com iguais direitos e livres.



Mas a grande ilação disso tudo e ao que indica estar chegando ao fim é que os EUA sob a presidência de Barack Obama resolveu, em ato inédito iniciar uma séria détente com Raul Castro. Empossado presidente ano passado devido ao estado de saúde de Fidel Castro, o seu irmão, Raul, sozinho, compreendeu que nada traria de positivo para Cuba. Assim, administra a Ilha, onde já formou o seu Ministério. Preocupações tardias mas que se releva agora como prioritárias para que Cuba venha a participar do mundo ao qual deixou por livre e expontânea vontade, diga-se a bem da verdade.



Sem mais amigos, sem a Rússia, agora livre e soberana e com os seus vizinhos também independentes e libertos através de séculos, Cuba acredita que os três meses que perdurou a Crise dos Misseis e que quase leva o mundo ao apocalipse, foi esquecida. Quiçá os iranianos levem a sério esses avanços e percebam que nenhum homem é uma ilha, nem uma nenhuma ilha pode ser isolada do mundo por razões ideológicas que venham por em risco a humanidade.



Que avancem as negociações e acabem de vez com os ranços socialistas-comunistas que perduraram por quase 47 anos e beirou à escravidão um povo que nasceu livre. Que as iniciativas do governo norte-americano tornem-se realidade e que Raul Castro entenda que esse passado ultrapassado de glórias revolucionárias castristas chegaram a um bom termo.



Ninguém nasce sozinho e nenhum país perdura por muito tempo a um "lock-out" internacional como o que foi imposto a Ilha de Fidel Castro. A liberdade com responsabilidade não deixa de ser um dos marcos da democracia. Portanto, antes que o mundo acabasse exatamente a partir de Cuba, releva-se as figuras do presidente John F. Kennedy e de Nikita Krushchev. Sem eles, mais a então atônita populacão mundial, talvez a situação dos misseis virassem num fim do mundo, ao qual hoje não saberíamos com exatidão até onde a estultice de alguns deixaria a humanidade diante dos portentosos arsenais que possuíam os EUA e a então URSS. Acredita-se que agora finalmente poderá chegar ao fim a chamada Guerra Fria.

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