quarta-feira, 9 de junho de 2010

Uma Árvore Que Tomba

Me pediram para escrever sobre a expansão econômica que está a tumultuar com suas tecnologias, em detrimento do desenvolvimento sustentável, ou dito em poucas e entendíveis palavras, a Ecologia e a manutenção constante ou renovação dos sítios degradados.

Achei a tarefa um desafio salutar. Todos estão e escrever sobre a interatividade e processos de implamentação científica em união com o meio ambiente, que indefeso, se vê a mercê de tais progressos, diga-se de passagem, necessários.

Sim, são progressos desenvolvimentistas de ampla repercussão econômica para a continuidade da produção dos meios agriculturáveis, dos meios industriais e da projeção de serviços voltados ou advindos quando da implementação dessas tecnologias.

Mas até que limite tais aspectos devem se sobrepor às inovaçoes e deixar suas expansões (1) prosseguirem sem, vamos dizer assim, abalar, a natureza? Muito bem, nem a indagação é difícil, nem muito menos irá requerer uma resposta em igual nível.

Por exemplo, ao se implementar um parque industrial do porte de alguns mil hectares de terreno e esses estão localizados em área de preservação ecológica, deve-se ter em projeção que aí entra a ainda novíssima teoria do Desenvolvimento Sustentável. Errada? Se sim, creio que em alguns casos foi mal entendida por muitos.

Em recente palestra que tive a oportunidade de estar presente e que se tratava sobre a implantação e expansão de projetos em área do sertão nordestino, ou melhor, no sertão pernambucano mesmo, o maior dilema para expansão e consequente produçao do maior véio de pólo gesseiro assenta-se na utilização de procedimentos de que para retirar tal insumo, necessita de maior geração de energia, o que ainda é cara, senão escassa naquela área industrial até levar a sua produçao pronta para venda ao consumidor final.

Das outras questões discutidas ficaram a degradação da fauna e da flora, mas especificamente da flora pernambucana que é a riquíssima e conhecida como a Caatinga Nordestina. Muito bem, com características próprias esse tipo de vegetação está cedendo lugar, em função das diversas indústrias que ali estão se instalando e contribuindo para elevar o Produto Interno Bruto da região. Esquece-se de um e promove-se o outro. Não seria melhor manter a balança do equilíbrio biológico?

Entretanto, ao assim proceder, algumas indústrias estão a substituir a tradicional vegetação por campos e galpões necessários à expansao conjunta do que se conceitua chamar de industrialização sem a preservação do meio ambiente. Nada abrupto, destruidor ou capaz de impedir o desenvolvimento de áreas que são profícuas em recursos naturais, algumas até inexploradas, mesmo localizados distantes de áreas ou regiões onde a natureza é mais favorável à implantação de indústrias diversas.

Sabe-se que para cada árvore ou arbusto destruido, compete às instituiçoes, em conjunto, elaborarem projetos de implantação de parques industriais, no sentido de promoverem estratégias que venham a dispor de plantios ou sementeiras capazes de reciclar este ou aquele parque industrial. Essa é uma definição simples do que vem a ser a Teoria do Desenvolvimento Sustentável. (2)

Algumas dessas indústrias que estão sendo instaladas no agreste ou no sertão pernambucano, por exemplo, apenas para citar essa região, onde a inclemência do solo, a ausência de água e demais recursos naturais e técnicos, (e ainda citando), a expansão da energia elétrica, a construçao de rodovias ou a recuperação das mesmas, seguida da propalada edificação da ferrovia transnordestina, certamente estão acostumadas com a adversidade desse meio ambiente.

Compete saber conviver com o mesmo e implentar estratégias no sentido de se promover a integração do meio ambiente com tecnologias capazes de promover a expansão dos meios de produção industrial em todo o Estado de Pernambuco.

Dessa forma, se os estão utilizando de maneiras a degradar este mesmo habitat e que propícia a geração de produtos e empregos, capital, etc., cedo poderá perecer juntamente com o meio ambiente que contribuiu para a geração de divisas tão importantes para promover a integração de tecnologias em consonância com o habitat que prescruta e explora. (3)

Assim foi que hoje, dia 09/06/2010, o tradicional Sítio da Jaqueira, atualmente Parque da Jaqueira, localizado no bairro do mesmo nome, em Recife, PE, deixou os seus visitantes estupefatos com a queda de uma das suas árvore mais antigas. O motivo: faltavam cuidados de manutenção geral para a mesma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tente, vá ao começo e não saia sem deixar seus comentários.

Arquivo do blog

Seguidores

Blog Archive

About Me

Minha foto
"Uma pessoa que se encontrou muito cedo."

Quem sou eu

Minha foto
Recife, Pernambuco, Brazil
"Uma pessoa que se encontrou muito cedo."
Powered By Blogger