eleições e o PT

Monumental até, pode-se dizer, a maneira com que o Partido dos Trabalhadores (PT) lançou o seu candidato à Presidência da República semana passada. O clima de entusiasmo e de "já venci" era evidente entre os companheiros reunidos naquela assembléia.

Sabe-se de há muito que a sucessor de Lula seria Dilma Roussef. Pensou-se até em mudar o sistema constitucional brasileira para manter o próprio Lula como presidente, no que ele mesmo rechaçou veemente em público, isso na medida em que era indagado.

Acredita-se agora que os mais exaltados estavam errados em manter o 'cumpanhêro' no Palácio do Planalto a qualquer custo, independente dos propalados 85% de votantes favoráveis na 2ª eleição do "Menino do Brasil".

Para confirmar sobre tal especulação, basta verificar o que aconteceu lá em Honduras, quando a despeito de existir uma oposição favorável à manutenção do ex-presidente Manuel Zelaya no poder, mesmo depois de verificados logo após os propalados esquemas de modificações empreendidos pelo Chefe do Executivo daquele país e seus esforços para anular uma nova eleição e continuar no poder, etc., e ver que uma eleição que se leva no tapetão é temerária, sob o ponto de vista legal e até mesmo democrático.

Sim, compete agora verificar o porquê de tamanho entusiasmo nas hostes do Petismo. Lula, vestindo um impecável blusão boliviano, era a cara do, "já que estou aqui, sou o presidente deste país" -, Evo Morales. Quanto a Dilma Roussef, ministra do Gabinete Civil do atual governo, diga-se, até e adeus, "livre' de uma doença que quase a incapacitou, e que fez com que a mesma viesse de público confirmar que estava usando peruca, que estava tomando quimioterapia, e que chegou a ficar hospitalizada, mas ao que tudo indica, está mesmo muito bem de saúde.

Importante verificar que cabe ao PT manter seu entusiasmo já que nominou o seu candidato de conformidade com a lei eleitoral etc e tal. Deve ter sido uma festa entre o Petismo do "já ganhei" daquelas.

Entretanto, já diz o ditado desse mesmo bloguista que, quem sai na frente chega primeiro. Concorrer tardiamente ou lançar um candidato à oposição petista é uma logística da qual compete aos partidos de oposição repensar como se faz política. Pergunta-se aonde está o Partido dos Democratas neste contexto em que se destaca atualmente na qualidade de um dos alicerces políticos dos mais oposiocionistas ao governo Lula? Se querem saber a verdade, aparentemente calado.

Todos sabem que quem cala consente. Consente porque talvez esta não venha a ser a melhor hora para a indicação do seu candidato. Consente à festa petista por acreditar que seu candidato é imbatível em termos de caráter, personalidade e de lealdade para com o povo brasileiro. Mas quem seria esse candidato? E cala porquê talvez acredita na continuidade do atual governo. Ao que tudo indica o seu provável nome seria o próprio Marco Maciel.

Quanto ao Partido Socialista Democrático Brasileiro (PSDB), parece que tem no governador de São Paulo o seu maior nome. José Serra é um político experiente e muito sagaz. Quieto como um quati e pronto para lançar-se candidato na hora certa. Contudo, nada fez ainda ainda pela prole PSDBista. Age mineiramente, porém, na hora em que deveria agir como um legítimo corredor de Fórmula 1!

Cabe ressaltar então, neste momento político nacional questionamentos diversos e voltar-se para verificar um outro nome de um candidato bem sagaz e atualmente meio desgastado por ações a ele atribuidas: José Sarney (PMDB). Ex-Presidente da República numa hora difícil, mas atualmente presidente do Senado já com dois mandatos, sendo o último, certamente, o mais tumultuado de sua carreira política.

Avalia-se aqui única e tão somente os nomes mais cotáveis e que estão mais em foco na mídia. Compete a sabia legitimidade do eleitor brasileiro discernir dentre os que se lançarem à Presidência, qual o mais eficaz para resolver os atuais problemas nacionais.

Por enquanto, verifica-se que a ministra do gabinete civil da Presidência da República, Dilma Roussef, vai de multidão em multidão capinando votos. Utilizando ou não a máquina administrativa para fazer política, bem que poderá chegar na frente. Nesse caso, haja continuismo com trabalho.